Especialidade de Aquarismo Respondida

Antes de ir conferir a Especialidade de Aquarismo Respondida, leia com atenção a seguir:

  1. Não entregue o relatório sem estudar, eu quero ajudar vocês, mas a intenção nunca foi investir pessoas que não merecem ser investidas.
  2. No final da página se encontra todas as fontes de pesquisa, para se aprofundar mais sobre os assuntos, dê uma olhada.
  3. Revise as respostas para que nenhum erro passe despercebido.

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Especialidade de Aquarismo Respondida

NOTA: Todos os espécimes utilizados para o cumprimento desta especialidade devem ser adquiridos em concordância com as leis vigentes em seu país.

1. Ter a especialidade de Peixes.

Veja Especialidade de Peixes Respondida.

2. O que é aquarismo ou aquariofilia?

R: É a prática de criar peixes, plantas e outros organismos aquáticos, em recipientes de vidro, acrílico ou plástico, conhecidos como aquários, ou em tanques naturais ou artificiais para fim ornamental ou de estudo, distinguindo-se assim essa atividade da piscicultura ou aquicultura, que têm aspectos de produção.

3. Apresentar a história do aquarismo, primeiros povos a praticar, desenvolvimento das técnicas, evidências históricas, etc.

R: A criação de peixes em cativeiro começou com os Sumérios por volta de 3.000 a.C., que construíam açudes às margens dos rios Tigre e Eufrates para alimentação. Foram eles que nos deram as primeiras indicações terapêuticas e relaxantes da observação do nado dos peixes.

No antigo Egito por volta de 1.700 a.C., além de alimentação, eram feitos estudos observando o comportamento dos peixes em tanques de argila cozida com frente em vidro. Os sacerdotes egípcios podiam prever as cheias e secas do Rio Nilo, base de toda sua civilização, ao observar as mudanças de comportamento que os peixes apresentavam. “O Egito é uma Dádiva do Nilo”, disse o Historiador grego Heródoto em 5 a.C., logo tudo referente ao Nilo era considerado sagrado, inclusive os peixes.

Claro que o fascínio sobre a beleza dos peixes acabou conquistando admiradores, e os tanques, apesar de possuírem função definida, tornaram-se requintados, integrando-se à decoração de palácios e templos, os egípcios eram grandes admiradores das plantas hidrófilas, como as Ninfeias e Papiros. Os grandes templos e palácios sempre tinham pelo menos um grande lago onde essas e outras plantas ribeirinhas cresciam e floresciam. As noções quanto a quantidade de luz necessária para as plantas começou aí, nada mais fascinante para um povo adorador do Sol.

Os gregos eram grandes conhecedores e consumidores de peixes e outros organismos marinhos. Aristóteles dedicou muito de seu trabalho a catalogação das espécies mediterrâneas. As fortes ligações comerciais com os egípcios e sua vocação nata às águas levaram a construções de lagos decorativo, muitas vezes marinho, às construções gregas, mais tarde aos romanos, inclusive construindo arenas de água marinha, aonde escravos eram atirados às lampreias, peixes muito primitivos e parasitas, que matavam pessoas com os mesmos atrativos que os leões e tigres do Coliseu, em Roma, e outras arenas.

Mas o Aquarismo como o concebeu nasceu realmente na China durante a Dinastia Tang, entre os anos de 618 a 917 d.C., enquanto a Europa padecia
sob as pestes, as guerras entre as centenas de feudos e as cruzadas, sobre os destroços do império romano.

Durante a Dinastia Ming, por volta do século VI, o aquarismo realmente se popularizou na China. Muitos dos famosos vasos Ming eram, na verdade, cubas onde era possível apreciar belos exemplares vermelhos de Kinguio, ou KIN-TSI-YU (pronuncia-se Quin-tchi-iu). No final do século XIV, os kinguios já eram bastante difundidos até mesmo entre a plebe. Surge o primeiro livro de Aquarismo, o Chi Shayu Pu, “O livro do peixe vermelho”, escrito por Chang Chi’en Te, publicado em 1596.

Mesma época do auge do comércio entre o Oriente e o Ocidente, principalmente para fornecer seda e temperos à burguesia e realeza europeia, também do descobrimento da América. Apesar de não ter sido o primeiro ocidental a percorrer a rota da Seda, Marco Polo foi o primeiro a ser recebido na corte do imperador Chinês Kublai Kan. De volta à Itália, relatou ao mundo ocidental em seu livro “A Viagem” as maravilhas do oriente, dentre essas maravilhas, os aquários e lagos chinês.

No século XVIII, finalmente o aquarismo chega timidamente à Europa, enriquecida pelos séculos de exploração de suas colônias orientais, americanas e africanas. No século XVI, o cientista sueco Carl Von Linné, Linneu “para os íntimos”, responsável pelo sistema de classificação dos organismos vivos, a taxonomia, foi um dos grandes responsáveis pelos primeiros estudos aquariológicos e impulsionador do aquarismo, já que mantinha em seu laboratório tanques de vidro onde mantinha os espécimes de peixe que estudava vindos de todo o mundo.

O Iluminismo estava em alta e as classes intelectuais estavam em polvorosa! Os estudos da evolução de Darwin e outros cientistas brilhantes chocavam com as ideias da igreja Católica com lógica inegável. A melhor maneira de demonstrar ao mundo as novas teorias evolucionárias era mostrando os animais às pessoas, começaram a surgir mais e mais zoológicos por toda Europa.

Em maio de 1853, inaugurou-se o primeiro Aquário Público do mundo, no Zoológico de Londres. Houve um repentino interesse das classes mais abastadas em manter peixes como elemento decorativo em suas casas. Espécimes até então desconhecidos eram trazidos das colônias europeias de todo o mundo.

Aquário do Zoológico de Londres, em 1857. Fonte: parlouraquariums.org.uk

Entre 1860 e 1880, fora publicado o primeiro livro ocidental sobre aquarismo, The Aquarium. Its Inhabitants, Structure and Management, de autoria de J.E. Taylor. Mesmo período em que Pierrer Carbonier introduziu uma série de peixes asiáticos, dentre eles, Trichogaster, Colisa, Peixes-do-Paraiso e Betas, em 1878 já se reproduzia Corydoras paleatus na França!

Capa da primeira edição do livro The Aquarium. Its Inhabitants, Structure and Management. Fonte: aquarticles.com
Aquário do Palácio de Cristal. O aquário da rainha, concebido por William Alford Lloyd, chamado de “o primeiro aquarista”. Fonte: parlouraquariums.org.uk

Claro que a eletricidade e a revolução industrial introduziram novas armas e possibilidades aos aquaristas pioneiros, sobretudo a invenção com mini compressor nas primeiras décadas do século XX.

4. Explicar o que é, como funciona e qual a utilidade dos seguintes:

a) Termostato.

R: O termostato funciona através de um termômetro que indica a temperatura da água. Por exemplo, se desejamos manter o aquário a 27°C, o termostato irá ligar o aquecedor quando a temperatura estiver abaixo de 27°C e desligá-lo quando estiver acima, mantendo a temperatura estável.
 
b) Cascalho.

R: Para aquário de água salgada. Pedras compostas por fragmentos de conchas trituradas. Composto por materiais calcários. Útil para dar efeito estético, regula como tampão (regula o pH e a dureza da água marinha mantendo em níveis adequados), e por ser muito mais barata que a areia de coral.
 
c) Substrato.

R: É a base para enraizar as plantas aquáticas, assegurando uma sujeição e um aporte de nutrientes vitais para crescer de forma ótima.
 
d) Ração de férias.

R: Bloquinhos parafinados, de tonalidade branca, encontrados na maioria das lojas do ramo. No entanto, não são muito nutritivos, por isso, talvez essa não seja a melhor opção, a não ser que você não tenha alternativa.
 
Existem ainda alimentos compactados que duram por um determinado tempo, dependendo da quantidade de peixes que habitam o aquário. Cada fabricante tem uma indicação, no entanto, basicamente, é colocar a quantidade de alimento referente ao número de peixes e à quantidade de dias em que você estará fora.

e) Placa biológica.

R: Composta por uma série de placas com fendas que cobrem totalmente o fundo do aquário. Normalmente se instala uma pequena para que não se veja pela frente e dos lados do aquário. O equipamento se completa com um tubo extrator ou chaminé pelo qual a água retorna ao tanque.
 
f) Bio Ball.

R: Serve como lugar de assentamento das bactérias benéficas e constituem um material de filtro que neutraliza naturalmente os níveis de nitritos e fosfatos da água do aquário e, por consequência, previnem o crescimento de algas.
 
g) Rede coletora.

R: Servem para recolher os peixes do aquário, quer para a hora de lavar o aquário, quer para os transportar para outro aquário. A estrutura da rede garante que os peixes não se machuquem na hora da transferência.
 
h) Filtro fluidizado.

R: É um filtro biológico totalmente submerso. A diferença está no tamanho do cascalho. Em um biológico convencional, recomenda-se o uso de cascalhos com granulometria próxima a três milímetros.
 
i) Filtro externo.

R: O filtro cascata ou filtro mochila, também chamado de HOB em inglês (Hang On Back), é um filtro externo para que fique pendurado em uma das paredes da urna. Oxigena muito bem a superfície da água (embora faça um pouco mais de ruído do que o interno) e permite a inclusão de vários materiais filtrantes.
 
j) Filtro UV.

R: Os filtros UV são dispositivos pelos quais circulam a água do aquário e a expomos à irradiação. Isso elimina a cor da água e como falamos no início, algas, bactérias e germes. Você deve estar ciente de que isso afeta apenas o que acontece dentro do filtro.
 
k) Ozonizadores.

R: Aparelho que pode ser usado emergencialmente para aumentar o potencial redox de um aquário. Transforma a água de torneira em água pura e alcalina. Em tanques de grande volume (acima de 2 a 3 mil litros) seu uso torna a água do aquário mais transparente (economizando no grande volume de carvão ativo necessário para aquários desse porte).
 
l) Reator de cálcio. 

R: Serve para manter os níveis de cálcio e alcalinidade.
 
m) Skimmer.

R: Ou escumador de proteínas é um equipamento utilizado principalmente em aquários de água salgada para remover compostos orgânicos dissolvidos e outras substâncias nocivas que, se não forem removidas, podem ir se acumulando à carga biológica de um aquário. Eles removem completamente essas substâncias hidrofílicas da água usando bolhas de ar coletadas em um copo coletor. À medida que o ar e a água são misturados na câmara skimmer, as bolhas sobem e levam consigo os orgânicos dissolvidos que são atraídos para a superfície da bolha. Quando as bolhas com as proteínas, aminoácidos e outras coisas desagradáveis borbulham no tubo para o copo de coleta, elas são completamente removidas do aquário.
 
n) Incentivadores bacterianos (“aceleradores de biologia”).

R: Produto biológico selecionado a partir de micróbios benéficos, rico em bactérias nitrificantes, bactérias desnitrificantes, Nitro Bactérias, aeróbias e anaeróbicas, bactérias lácticas, micro enzimas aquáticas, bactérias fotossintéticas, também inclui ingredientes ativos como bio-enzima, ácido orgânico, aminoácidos, oligossacarídeos, bio-peptídeo, elementos traço, vitaminas e carotenoides aumentando a imunidade e melhorando a coloração de peixes, corais e plantas.
 
Remove amônia nitrito, nitrato, decompõe toda a matéria orgânica e ajuda eliminar e prevenir algas e água verde, mantém a estabilidade e a qualidade da água. Melhora a fotossíntese das plantas promovendo uma melhor absorção dos nutrientes e um crescimento saudável.

o) Alimentador automático.

R: O alimentador automático funciona como um relógio com reservatório no qual se coloca a ração e programam-se quantas vezes ao dia, a hora em que o peixe deve ser alimentado e a quantidade de ração. Ideal para quem sai de férias.

5. Citar algumas vantagens e desvantagens de um aquário de água salgada em relação a um de água doce.

Vantagens aquário de água doce: É mais fácil para começar.
Seja qual for o tamanho do aquário, é mais fácil de manter, especialmente se
não pode ter muitos litros (80-100 litros para baixo).

A variedade de espécies que oferecem nas lojas é muito mais ampla.
Geralmente são mais resistentes que os de água salgada e são mais baratos.
 
O material é mais fácil de encontrar. É mais simples encontrar um filtro ou mesmo um anticloro para água doce que conseguir um skimmer ou sal marinho; em quase qualquer centro, mesmo que não seja especializado em aquários, em mascotes, ou mesmo um supermercado, eles têm o mínimo para um aquário básico de água doce.

Você sempre pode encontrar uma espécie que se adapte ao pH ou dureza da água da torneira. As margens de tolerância em água salgada são mais estreitas.

Vantagens aquário de água salgada: Em geral, peixes e invertebrados como os camarões apresentam comportamentos mais complexos e interessantes. Para os amadores (e para os que não o são) ainda há muito a descobrir, desde espécies nunca vistas aos mecanismos de reprodução de muitas das espécies.

Desvantagens aquário de água doce: Apesar da variedade de peixes de água doce, quase todos os peixes marinhos terão cores mais vivas e marcantes, pelo menos para o olho destreinado. É muito comum que os peixes das lojas não mostrem suas cores finais em nenhum dos 2 casos, pois há muitos peixes por urna, porque a iluminação é alta, porque não têm esconderijos, pois quase sempre há alguém grudado no vidro olhando.

Desvantagens aquário de água salgada: É caro. Sim, em geral é mais caro que o aquário de água doce. Você precisa de um pouco mais de equipamento e mais especializado do que neste último caso. Você precisa de um skimmer ou skimmer de proteína, um tipo especial de luz se quiser manter corais, rocha viva, bombas de recirculação, sal para cada mudança de água, vários líquidos para manter e aumentar o pH, dureza, cálcio, magnésio, etc. O gasto inicial é maior, até o custo de manutenção, e isso é algo para se manter em mente.

Você precisa saber mais sobre a química da água. Existem muitos mais parâmetros para controlar e, portanto, também é conveniente ter mais testes e gastar mais tempo por semana para realizá-los.

6. Identificar, ao vivo ou por foto, 10 peixes ornamentais de água salgada e 15 peixes ornamentais de água doce, comumente utilizado em aquários.

Para saber os peixes de água salgada, veja Peixes de Água Salgada.

Para saber os peixes de água doce, veja Peixes de Água Doce.

Não esqueça de incluir fotos dos peixes no seu relatório!

7. Conhecer 10 plantas aquáticas de água doce, comumente utilizada em aquários. Identificá-las por meio de foto ou ao vivo.

Para saber as plantas de água doce, veja Plantas para Aquário de Água Doce.

Não esqueça de incluir fotos dos peixes no seu relatório!
 
8. Identificar, ao vivo ou por fotos, 5 corais utilizados em aquários marinhos.

Para saber os corais de aquários marinhos, veja Corais Utilizados em Aquários Marinhos.

Não esqueça de incluir fotos dos peixes no seu relatório!
 
9. Listar e identificar, ao vivo ou por fotos, 5 animais comuns em aquários marinhos. (Não incluir peixes ou corais na lista).

Para saber os animais de aquários marinhos, veja Animais Comuns em Aquários Marinhos.

Não esqueça de incluir fotos dos peixes no seu relatório!
 
10. Listar e identificar, ao vivo ou por fotos, 5 animais comuns em aquários de água doce. (Não incluir peixes na lista).

Para saber os animais de aquários de água doce, veja Animais Comuns em Aquários de Água Doce.

Não esqueça de incluir fotos dos peixes no seu relatório!

11. Listar 5 diferentes testes de água, explicar a importância de utilizá-los e demonstrar o uso de, ao menos, um destes.

R: Testes químicos destinados ao monitoramento dos parâmetros da água, como pH, GH,
amônia, nitrito, potássio etc.

Teste de potássio: Acompanhar os valores de potássio da água do aquário de água doce. O potássio é um dos três macronutrientes indispensáveis ao desenvolvimento das plantas aquáticas e o seu controle em aquários plantado é determinante para o sucesso no desenvolvimento das plantas.

Teste de Nitrato: Acompanhar os valores de nitrato da água do aquário de água doce ou salgada. O nitrato é a forma de obtenção do nitrogênio, um dos três macronutrientes indispensáveis ao desenvolvimento das plantas aquáticas e o seu controle em aquários plantado é determinante para o sucesso no desenvolvimento das plantas, porém também é um dos motivos de descontrole de algas tanto em aquários de água doce, como de água salgada.

Teste de Nitrito para água de água doce e salgada. Sobras de alimentos, produtos da excreção dos peixes, restos de plantas e peixes mortos são desdobrados em amônia por bactérias heterotróficas, num processo chamado amonificação. Grande parte da amônia também se origina diretamente dos peixes, principalmente excretada pelas brânquias. Na sequência deste processo a amônia, por ação de dois grupos de bactérias autotróficas nitrificantes, é oxidada primeiramente a nitrito e depois a nitrato. Este último composto é finalmente consumido como nutriente pelas algas e plantas aquáticas.

Em ambientes naturais intactos há um completo equilíbrio entre os organismos e os compostos gerados, fazendo com que este ciclo funcione perfeitamente. Sendo os aquários ambientes limitados, normalmente não se tem de forma natural e espontânea o equilíbrio desejado. O monitoramento dos compostos nitrogenados (amônia, nitrito e nitrato) na água, as rotinas de manutenção, bem como, a montagem e manutenção dos filtros biológicos e mecânicos, são responsabilidade do aquarista. Estas práticas são fundamentais para obtenção de sucesso neste
hobby. Teores elevados de nitrito são tóxicos aos peixes, causam estresse e afetam os glóbulos vermelhos do sangue, reduzindo a capacidade respiratória destes animais. A água do aquário sob tais condições, por um período prolongado, pode provocar a morte dos peixes por asfixia. Níveis adequados de nitrito não significam necessariamente níveis adequados de seu precursor
amônia e vice-versa, daí a necessidade de monitoramento das duas variáveis.

Teste de Cloro: O cloro utilizado nas águas de abastecimento doméstico é tóxico aos peixes, destruindo o epitélio das brânquias e provocando a morte por asfixia. A água de torneira a ser utilizada nos aquários deve ser sempre tratada com condicionadores ou os populares
anticloros. Quando a concentração de cloro é excessiva, pode haver resíduo, mesmo após a aplicação da dosagem recomendada do condicionador. CloroTest deve ser utilizado para confirmar a neutralização do cloro ou indicar a necessidade de uma aplicação adicional do condicionador.
 
Teste de Amônia para água doce. Sobras de alimentos, produtos da excreção dos peixes, restos de plantas e peixes mortos são desdobrados em amônia por bactérias heterotróficas, num processo chamado amonificação. Grande parte da amônia também se origina diretamente dos peixes, principalmente excretada pelas brânquias. Na sequência deste processo a amônia, por ação de dois grupos de bactérias autotróficas nitrificantes, é oxidada primeiramente a nitrito e
depois a nitrato. Este último composto é finalmente consumido como nutriente pelas algas e plantas aquáticas. Em ambientes naturais intactos há um completo equilíbrio entre os organismos e os compostos gerados, fazendo com que este ciclo funcione perfeitamente. Sendo os aquários ambientes limitados, não se tem, de forma natural e espontânea, o equilíbrio desejado. É preciso interferir e é aí que entram o monitoramento das variáveis relacionadas à qualidade da água, como a amônia, a montagem do aquário com um adequado sistema de filtragem biológica e as rotinas de manutenção, como as sifonagens de fundo e trocas parciais de água.

Teste de Dureza Total GH indica a concentração de íons metálicos, principalmente Cálcio (Ca+) e Magnésio (Mg+) na água doce. Os peixes ornamentais são, em geral, tolerantes a diferentes valores de Dureza Total, especialmente quando criados em cativeiro. Algumas espécies, no entanto, não se reproduzem quando a água do aquário apresenta Dureza diferente da encontrada em seu habitat natural. Deve-se consultar a literatura para conhecer as necessidades das espécies que se pretende criar.

Teste pH mede o pH entre 6,2 e 7,5, este valor compreende os valores aceitos na maioria dos aquários de água doce. Os estados de acidez ou alcalinidade de uma solução aquosa estão relacionados à concentração de íons hidrogênio H+, carregados positivamente, interagindo sobre os íons hidróxido OH-, carregados negativamente. Através da verificação do potencial do íon hidrogênio, ou pH, é possível se conhecer o estado da água em termos de acidez ou alcalinidade. O pH é quantificado dentro de uma escala numérica que vai de 0 a 14, tendo o 7 como ponto neutro ou ponto de equilíbrio entre as cargas. Valores inferiores a 7 referem-se a uma predominância de íons H+ sobre os OH-, indicando um estado de acidez, e valores superiores a 7, indicam estado de alcalinidade, com situação inversa em relação a concentração
de íons. Antes de colocar peixes no aquário, é conveniente consultar a literatura especializada a fim de identificar qual é o pH ideal, uma vez que este pode variar de acordo com a espécie.
Refratômetro de dupla escala para medição de salinidade em aquários de água salgada ou salobra, com compensação de temperatura de 10 a 30°C.

12. Completar as seguintes atividades:

a) Montar um aquário de, ao menos, 20 litros, com quantidade equilibrada de plantas e peixes e mantê-lo por, no mínimo, 6 meses.

b) Durante a montagem, observar o seguinte:

  • Demonstrar habilidade em montar e explicar o funcionamento de um sistema de filtragem adequado.
  • Explicar a escolha e instalar um sistema de iluminação compatível.
  • Escolher o tipo de solo mais indicado para o ambiente desejado.
  • Plantas: analisar as espécies que melhor se adequam ao modelo.
  • Peixes: explicar sobre as espécies escolhidas, a reação espaço vs. Tamanho adulto e quantidade de espécimes; temperatura ideal para o crescimento, temperamento, tipo de ração, reprodução, principais doenças e problemas.

c) Durante o período de, no mínimo, 3 meses, tomar nota dos efeitos, nos peixes e no aquário em geral, das seguintes condições:

  • Luz demais.
  • Luz de menos.
  • Alimento demais.
  • Mudanças na temperatura da água.
  • Poucas plantas para muitos peixes.

Especialidade enviada pela colaboradora Alessandra Somolinos. ♥