Especialidade de Xilogravura Respondida

Xilogravura de gato



Especialidade de Xilogravura, se ainda não tem, chegou o momento, vem conferir!

Especialidade Respondida de Xilogravura




1. Definir o que é xilogravura e onde surgiu essa arte contemporânea.

R: A xilogravura é uma antiga técnica de impressão de figuras e textos através da madeira entalhada, o que funcionava como matriz para a transferência da imagem para o papel. O método é longo e exige muita atenção e paciência. Depois do entalhe na madeira, o desenho em relevo é pintado com uma tinta para impressão para poder ser transferido para o papel. Esta técnica é encontrada no nordeste brasileiro, como parte da arte e da cultura daquela região.
O desenvolvimento da gravura ocidental está ligado à evolução da imprensa e ao livro impresso. Da xilogravura (técnica de impressão a partir de matriz de madeira), originou-se a impressão com caracteres móveis de Guttenberg. As primeiras xilogravuras na Europa remontam ao século XIV e foram utilizadas na impressão de baralhos e de imagens religiosas. Mas sabe-se que a sua origem remonta à China, no período anterior à Cristandade e supõe-se que a xilogravura e o papel chegaram à Europa através dos árabes, por volta do século XI.
A xilogravura popular é uma permanência do traço medieval da cultura portuguesa transplantada para o Brasil e que se desenvolveu na literatura de cordel.
2. Explicar os princípios básicos da preparação de um desenho e leitura aplicada em uma xilogravura.

Como fazer xilogravura:

1. Lixe uma placa de madeira plana. O melhor tipo de madeira para este trabalho é a umburana, madeira típica do sertão Brasileiro. Você pode usar qualquer tipo de madeira, no entanto. Comece por uma lixa bem grossa e depois vai aparando com a mais fina.
2. Depois de a madeira estar toda lixada, o segundo passo é o desenho. Você pode desenhar a imagem que desejar. Use o grafite 6-B para um melhor resultado. Lembre-se que a imagem deve ser desenhada ao contrário, ou seja, com o efeito espelhado. Como o carimbo, por exemplo.
3. Agora é a hora do entalhe ou corte da matriz. Você vai cavar a madeira. Para um melhor resultado, utilizam-se ferramentas como as goivas e buris. Corta-se de uma maneira em que fique em alto relevo somente aquilo que se quer que imprima no papel.
4. Esta é a fase da pintura. Usa-se o rolo, emborrachado, especial para gravuras, com a tinta gráfica. A tinta irá pintar somente o que está em alto relevo.
5. Fase da impressão. Geralmente o suporte é o papel, recomenda-se um papel de uma gramatura maior, mais grosso, e poroso. Coloque o papel sobre a mesa e a matriz por cima do papel. Centralize bem. Vire o material de forma com que, agora, a matriz fique abaixo do papel. Em seguida, aperte o papel contra a matriz (você pode obter ajuda de uma colher ou qualquer tipo de peso). Finalmente, retire o papel e confira o resultado.
3. Fazer uma lista de ferramentas e equipamentos necessários para uma xilogravura.
R: Lápis 6-B, madeira plana, goivas e buris, lixa, goma laca, pincel, rolinho emborrachado, tinta gráfica, papel com gramatura maior, papel manteiga (para risco).
4. Explique a diferença entre desenho e matriz. Que tipos de papeis são mais recomendados para a realização de uma xilogravura?
R: O desenho é feito ao contrário, para que a matriz saia espelhada.
Usa-se o papel manteiga para o risco e um papel com gramatura maior para a impressão.
5. Identificar as ferramentas e materiais que podem ser usados para confeccionar uma matriz. Que preparos e cuidados devem ser tomados com o manuseio da mesma?
R: As ferramentas de corte são: goivas, facas e formões, para madeira de fio. Cada família de ferramentas tem aberturas variadas e as empregamos conjuntamente de modo a evitar um resultado estereotipado e monótono:
• Faca: confere precisão e nitidez nos contornos.
• Goiva em V: também serve para os contornos e para criar hachuras finas.
• Goiva em U (arredondadas): utilizada em contornos sem a precisão proporcionada pelas facas e pelas goivas em V. Servem especialmente para abrir luzes nos fundos.
• Formão reto: serve para desbaste de grandes áreas, deixando irregularidades na superfície, nos intervalos de cada corte.
Na xilogravura de topo, utilizamos preferencialmente os buris. Os buris de haste curva e ponta losangular são manejados com maior mobilidade em todas as direções. Aliás, a madeira de topo, por apresentar todas as fibras na mesma direção, não se opõe ao corte em qualquer direção. Buris retos dificultam as curvas, porém se adaptam às linhas longas. Os buris de seção triangular também servem à gravação de linhas. O buril de ponta arredondada desbasta fundo e produz texturas aproximadas à gravura de fio. Os meios-tons são feitos com buris raiados, os quais possuem linhas paralelas em sua base. A quantidade de linhas dos raiados varia de acordo com a numeração.
Para o entalhe, deve-se ter muito cuidado para não sair ou deformar o desenho, pois você vai entalhar a parte que quer vazar, deixando o desenho em relevo.
6. Como as modalidades de uma xilogravura são classificadas?
R: A xilogravura pode ser classificada como de fio, quando a matriz é cortada no sentido longitudinal em relação ao tronco. Esta modalidade é a mais praticada. A xilogravura é dita de topo, ou de contra fibra quando as matrizes são cortadas transversalmente em relação ao tronco. Neste caso, substituímos as goivas pelos buris.
7. Que tintas são mais adequadas para uma boa impressão em xilogravura?
Tintas à Base de Óleo
Comumente imprimimos com tinta tipográfica (quando seca resulta mais opaca) e tinta de off-set. Há marcas importadas de tintas oleosas para xilogravura. Antes de aplicarmos a tinta como rolo (cilindro) de borracha/gelatina/couro, prepara-se à tinta sobre um vidro, esticando-a com uma espátula de aço, a fim de torná-la maleável (plástica). Por fim, passa-se o rolo sobre a tinta “esticada”, de modo a uniformizá-la tanto no vidro quanto no rolo. Seguem-se várias passadas de rolo na matriz, até que esta adquira homogeneidade sem brilho excessivo. A tinta a óleo confere um “peso”, uma profundidade às cores.
Tintas à Base de Água
Procedimento oriental, cuja tinta é composta de pasta de arroz pigmentada, substitui a tinta oleosa. Na tradição oriental é aplicada com pincéis apropriados, após uma preparação prévia dos papéis e da matriz. O baren é um instrumento mais apropriado para este tipo de impressão rápida. Uma opção mais direta é a tinta à base de água industrializada cujos resultados podem se assemelhar à transparência da aquarela.




8. Pesquisar um tipo de arte ou literatura em que tenha sido utilizada e/ou propagada a xilogravura. Mencionar o local, período e importância histórica.

R: Desenvolveu-se na literatura de cordel. Quase todos os xilógrafos populares brasileiros, principalmente no Nordeste do país, provêm do cordel. Entre os mais importantes presentes no acervo da Galeria Brasiliana estão Gilvan Samico, Abraão Batista, José Costa Leite, J. Borges, Amaro Francisco e José Lourenço.
Remonta ao século XVI, quando o Renascimento popularizou a impressão de relatos orais, e mantém-se uma forma literária popular no Brasil. O nome tem origem na forma como tradicionalmente os folhetos eram expostos para venda, pendurados em cordas, cordéis ou barbantes em Portugal. No Nordeste do Brasil o nome foi herdado, mas a tradição do barbante não se perpetuou: o folheto brasileiro pode ou não estar exposto em barbantes. Alguns poemas são ilustrados com xilogravuras, também usadas nas capas. As estrofes mais comuns são as de dez, oito ou seis versos. Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.
9. Usando as técnicas da Xilogravura (desenhar, esculpir e imprimir), fazer, pelo menos:
a) Um cartão de saudação.
b) Uma capa de um livro.
c) Um objeto de livre escolha diferente dos anteriores.
Item prático
Veja Como Fazer Xilogravura com EVA, esse video vai te ajudar a realizar esta atividade e mostrar os materiais necessários para realizá-lo. 
Referências pesquisadas:
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Especialidade enviada pela desbravadora Alessandra Somolinos, obrigada!


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