Especialidade de Vírus, a pedido de um dos membros do meu grupo do whatsapp (se quiser entrar, leia os destaques lá no instagram @desbrava7), agora bora pra especialidade e não esquece de compartilhar com seus amigos, a divulgação de vocês me ajuda muito!
Especialidade de Vírus.
1. O que significa a palavra vírus? Explique porque há uma controvérsia se ele é um ser vivo ou não.
R: Os vírus (do latim “veneno” ou “toxina”) são parasitas obrigatórios dos seres vivos. Isso porque eles não conseguem multiplicar seu material genético se não estiverem dentro de um organismo. Não são considerados seres vivos por não realizarem funções vitais característicos dos seres viventes e nem terem células e nem organização celular (são chamados de acelulares). Porém, esse debate sobre os vírus estarem vivos ou não, tem se expandido por conta de algumas pesquisas atuais que dizem que eles são um tipo muito simples e antigo de vida.
2. Cite as características distintivas dos vírus e porque eles não são incluídos em nenhum reino.
R: Eles são muito pequenos e simples, capazes de infectar as menores bactérias conhecidas. Quando estão fora do ambiente intracelular, eles são seres inertes. Mas, quando infectam alguma célula, injetam seu material genético que é capaz de se replicar de forma muito rápida. Os vírus são divididos entre retrovírus (os que possuem RNA como material genético) e adenovírus (os que possuem DNA como material genético). Se os reinos são justamente agrupamentos de seres com características semelhantes, é óbvio que o vírus não estaria em nenhum, já que não há nenhum outro ser semelhante a ele.
3. Cite algumas formas morfológicas de vírus e um exemplo de cada.
R: As características morfológicas dos vírus podem ser:
Esféricos como os vírus da influenza e encefalite japonesa.
Cilíndricos como a maioria dos vírus de plantas.
Cúbicas como o vírus da vaccínia.
Espermatozoidal, como o bacteriófago.
4. Explique a importância das vacinas no combate aos vírus. Como elas funcionam?
R: Vacina é uma substância produzida com bactérias ou vírus (ou partes deles) mortos ou enfraquecidos. Ao ser introduzida no corpo do ser humano, a vacina provoca uma reação (imunização) do sistema imunológico, promovendo a produção de anticorpos (leucócitos) contra aquela substância. Desta forma, a vacina prepara o organismo para que, em caso de infecção por aquele agente patogênico, o sistema de defesa possa agir com força e rapidamente. Assim a doença não se desenvolve ou, em alguns casos, se desenvolve de forma branda.
5. Descreva as formas de reprodução viral e como pode ocorrer a diferenciação genética que promove as mutações e resistência viral.
R: Os vírus são seres acelulares, isto é, desprovidos de uma estrutura de células como ocorre em todo ser vivo. Por assim serem, tais partículas dependem completamente dos mecanismos bioquímicos da célula hospedeira para de que possam se desenvolver e multiplicar, característica esta que os classifica como parasitas intracelulares obrigatórios. No seu processo de reprodução, os vírus contam com dois tipos de ciclos: o ciclo lisogênico e o ciclo lítico. No ciclo lítico, o vírus insere o seu material genético no da célula hospedeira, e, ao contrário do outro ciclo, passa a dominar o metabolismo da mesma, destruindo-a por final. No ciclo lisogênico, o vírus que invadiu a célula hospedeira agrega seu material genético ao genoma da mesma. Nesse processo, a presença do parasita não interfere de nenhuma forma no mecanismo celular: toda a sua atividade, desde o metabolismo até a reprodução, ocorre normalmente, assim como numa célula saudável. Quando a célula hospedeira passa por divisões mitóticas, ela transmite às células-filhas não só o seu genoma, como também, o material genético do vírus que a infectou. Dessa forma, o parasita intracelular “se vale” do processo reprodutivo da célula para se multiplicar e contaminar novas células do organismo vivo, retomando o seu ciclo. É exatamente por causa desse tipo de reprodução viral que algumas doenças demoram tanto tempo para se manifestarem no organismo. AIDS e herpes são bons exemplos disso: como a célula continua desempenhando suas funções enquanto o vírus está no ciclo lisogênico, o surgimento de qualquer sinal ou sintoma da doença se torna dificílimo. É possível detectar indícios das enfermidades somente quanto o vírus atinge o ciclo lítico, que é a fase em que o vírus se liberta do cromossomo levando à morte da célula hospedeira, também conhecida como lise celular. |
6. Alguma doença viral já foi erradicada? Por que é tão difícil o tratamento de doenças virais?
R: Sim, a poliomielite, por exemplo.
O tratamento complicado, é porque ela tem um alto índice de reprodução (podendo gerar milhões de vírus em um único dia!) sendo formadas por proteínas, além do mais, por elas hospedarem nas células, um exemplo é o vírus da AIDS, não há uma cura, pois o vírus se hospeda na célula, ele a utiliza para reprodução e destrói a célula, e porque as células de defesa não a detecta? pois ela é formada por proteínas, e na hora de injetar seu RNA na célula hospedeira, não a detecta pois, o vírus é proteína e a membrana plasmática é proteína.
7. Diferencie as seguintes doenças exantemáticas:
a) Rubéola.
Assim como o sarampo e a catapora, a rubéola também é uma doença viral, no entanto, mais leve que o sarampo e passa despercebida frequentemente. Também é caracterizada por manchas vermelhas na pele febre. A doença é transmitida pela via respiratória e o período de incubação é de 2 a 3 semanas.
Apesar de não ser uma doença grave, a rubéola é perigosa na forma congênita. Doença congênitas são condições ou doenças que estão presentes desde o nascimento. A rubéola é decorrente da infecção da mãe pelo vírus durante as primeiras semanas da gravidez. Neste caso, pode deixar sequelas irreversíveis no feto como: catarata, defeitos cardíacos, retardo no crescimento, entre outras.
b) Sarampo.
O sarampo é uma doença viral extremamente contagiosa que é disseminada pela via respiratória (espirro ou tosse). Antes mesmo do surgimento dos sintomas, uma pessoa infectada já pode passar a doença para outras pessoas.
A infecção se inicia no sistema respiratório. O período de incubação (tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas) é de 10 a 12 dias. Após esse período, os sintomas que se desenvolvem são semelhantes aos de um resfriado comum. Logo, surgem as manchas na pele (erupção macular), que começam na face e se disseminam para o tronco e todo o corpo. Outros sintomas incluem febre, mal-estar, tosse, perda do apetite, conjuntivite e lesões na cavidade oral. Essas lesões, denominadas manchas de Koplik, são pequenas placas avermelhadas com pontos brancos no centro na mucosa da boca. A presença dessas manchas é um indicador da doença.
c) Catapora (Varicela).
A catapora, também conhecida como varicela, é uma doença infantil que é adquirida pela entrada de um vírus (herpesvírus varicela zoster) no sistema respiratório. Os primeiros sintomas que surgem são febre, mal-estar, dor de cabeça e cansaço. Após cerca de 2 semanas, surgem na pele lesões avermelhadas, que mais tarde formam vesículas. Essas vesículas se enchem de pus, se rompem e formam uma crosta antes de cicatrizarem. As lesões são concentradas principalmente no rosto e na garganta, mas também podem ocorrer nos membros e em outras partes do corpo.
A catapora pode ser transmitida pelo contato direto com saliva ou secreções respiratórias da pessoa contaminada e também por contato com o líquido presente no interior das vesículas. Caso a infecção ocorra no início da gestação, pode ocorrer lesão fetal.
8. Escolha três das doenças virais abaixo e descreva a forma de contágio, sintomas e prevenção:
9. Diferencie gripe e resfriado. Porque o vírus Influenza causa epidemias periódicas (como a gripe espanhola, gripe aviária, gripe A, etc.).
R: Os sintomas do resfriado, apesar de parecidos com os da gripe, são mais brandos e duram menos tempo – entre dois e quatro dias. Eles incluem tosse, congestão nasal, coriza, dor no corpo e dor de garganta leve. A febre é menos comum e, quando presente, ocorre em temperaturas baixas.
A transmissão se dá através das vias respiratórias, quando indivíduos infectados transmitem o vírus a pessoas suscetíveis, ao falar, espirrar e tossir, através de pequenas gotículas de aerossol. Apesar de a transmissão inter-humano ser a mais comum, já foi documentado a transmissão direta do vírus, a partir de aves e suínos para o homem.
10. Qual a diferença entre vírus e príon? Cite uma doença causada por um príon.
R: Príon ou Prião é um agente infeccioso composto por proteínas com forma aberrante. Tais agentes não possuem ácidos nucleicos (DNA e/ou RNA) ao contrário dos demais agentes infecciosos conhecidos (vírus, bactérias, fungos e parasitas).
Chamamos de vírus quado esse agente está hospedado em algum ser e muta a célula.
Chamamos de príon quando infectam todas as células, até terem essa proteína modificada.
Insônia Familiar Fatal, doença causada por um príon.
11. Faça um breve relatório sobre uma pandemia viral e o impacto que causou ao mundo.
A pandemia de gripe de 2009 (inicialmente designada como gripe suína e em abril de 2009 como gripe A) foi um surto global de uma variante de gripe suína cujos primeiros casos ocorreram no México em meados do mês de março de 2009. Veio a espalhar-se pelo mundo, tendo começado pela América do Norte, atingindo pouco tempo depois a Europa e a Oceania. O vírus foi identificado como uma nova cepa do já conhecido Influenza A subtipo H1N1, o mesmo vírus responsável pelo maior número de casos de gripe entre humanos, o que tornou possível também a designação nova gripe A, em oposição à gripe A comum. Ele contém ADN típico de vírus aviários, suínos e humanos, incluindo elementos dos vírus suínos europeus e asiáticos. Os sintomas da doença são o aparecimento repentino de febre, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e nas articulações, irritação nos olhos e fluxo nasal.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou em 25 de Abril de 2009 que a epidemia é um caso de “emergência na saúde pública internacional”, significando que os países em todo o mundo deverão acentuar a vigilância em relação à propagação do vírus. No dia 27 de Abril de 2009, a mesma organização elevou o nível de alerta pandêmico para 4, o que significa que se verifica transmissão pessoa a pessoa, com risco de surtos localizados. Dois dias depois, no dia 29, OMS eleva para 5 o nível de alerta, o que significa que há a transmissão da doença entre pessoas em pelo menos dois países com um risco de pandemia iminente. A escala da OMS vai de 1 a 6. No dia 11 de junho o nível de alerta subiu ao máximo (nível 6) e é decretada a pandemia, visto esta existir em mais de 75 países e em vários continentes.
Em 10 de agosto de 2010, a diretora-geral do organismo da Organização Mundial da Saúde, Margaret Chan, anunciou o fim da pandemia de gripe A (H1N1). “O mundo não está mais na fase seis de alerta pandêmico. Passamos para a fase pós-pandêmica”, disse a diretora-geral do organismo. Chan observou que a pandemia de gripe A (H1N1) poderia ter sido muito pior. Segundo as últimas estatísticas da OMS, o vírus causou a morte de mais de 18 mil pessoas desde o seu aparecimento, em abril de 2009.